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domingo, 26 de dezembro de 2010

Mas afinal de contas, o que é “ser uma linda mulher”?

Antes de mais nada, começo com esclarecimentos. O primeiro é que ser uma linda mulher varia de mulher pra mulher. Para umas, ser ruiva é o perfeito. Para outras, o vermelho as deixa com cara de botão. Cada mulher sabe o que lhe cai bem, então vou abordar o que me cai bem como uma linda mulher, isenta de preconceitos e padrões pré-estabelecidos. Existem mulheres maravilhosas do alto de seus 1,85m. Existem mulheres igualmente maravilhosas do alto de seus 1,45m. E é lógico que esta introdução serve principalmente pra dizer que existem mulheres lindas que vestem GG, e existem mulheres igualmente lindas que vestem PP. Exemplos? Dêem uma olhada nestes blogs: http://mulherao.wordpress.com/ e http://juliapetit.com.br/mundo-petiscos/. Não são lindas?

Não quero estabelecer o que é lindo ou horrendo para ninguém e, caso alguém chegue a ler este post, não quero que se ofenda ou acredite que sou uma linda mulher fútil e que entende que a casca é o mais importante. Não, não acredito nisso. Mas acredito que quando eu vejo a minha casquinha e a acho linda, eu me sinto muito melhor.
Agora me sinto mais tranqüila para abordar o que é ser uma linda mulher, para mim. Então, afinal de contas, o que é “ser uma linda mulher”?


Julia Roberts como Vivian Ward para mim foi o exemplo perfeito de uma linda mulher, mas não só pelo bocão e pelos poucos quilos. Confessemos que aquele cabelo desalhinhadamente ruivo ficou bem na Julia Roberts porque ela estava atuando perfeitamente ao lado do Richard Gere. Ela não era a Julia Roberts ainda. Ela teve que se expor, ter personalidade e confiar no seu trabalho. Afinal de contas, não é qualquer uma que, em um de seus primeiros trabalhos, aceita interpretar uma prostituta controversa, mostrando seu corpo quase que por inteiro nu, e sai com uma fama de excelente atriz. Quantas já trilharam este caminho e acabaram sendo encaradas como as próprias prostitutas?

Com a Julia Roberts não. E por que não? Não sou especialista em cinema, então não vou falar sobre o momento que o cinema vivia, a importância do filme para a sociedade, etc. Minha impressão é que a Julia simplesmente entendeu a Vivian. E a altivez demonstrada pela personagem durante o filme não era só do personagem, era também da atriz.
Mas, voltando aos pasteizinhos, o que é “ser uma linda mulher”? Ser uma linda mulher evoca os seguintes aspectos:

- Gostar de si, aceitar-se: Em nenhum momento do filme, eu vi a Vivian reclamando que tinha uma boca enorme e cabelos cacheados de uma cor incomum. Sim, ela teve inseguranças do tipo “esta peruca está boa”? Mas ser uma linda mulher não quer dizer não ter eventuais inseguranças e não poder contar com o bom-senso dos outros, de vez em quando. Puxando para a minha realidade, eu simplesmente não posso mudar o tamanho da minha testa, então eu tenho que aceitar e gostar dela! Posso cortar uma franja que me incomoda para disfarçar? Posso. Mas não quero;

- Ser uma “safety girl”: A Vivian cuidava de si mesma. Deixou de usar drogas, jamais transava sem camisinha, fazia exames de sangue regularmente e usava fio dental – o do dente mesmo. Quantas vezes deixamos de ser garotas saudáveis? Falando de mim, quantas vezes bebo refrigerante demais ou esqueço do fio dental? Sem falar das solicitações de exame de sangue que estão há seis meses na minha carteira;

- Ser autêntica: Quem vai a uma ópera e diz que ficou tão emocionada que quase fez xixi na calça? Difícil. Guardadas as devidas proporções, de que isso foge ao meu bom-senso, falar o que penso realmente me faz bem. Como falei no primeiro dia do curso, quando sou verdadeira, sinto que as pessoas gostam mais de mim, digo, genuinamente. O que não quer dizer que mais pessoas gostam de mim;

- Não dar bola para que os outros pensam: Também guardadas as devidas proporções, levando em consideração que vivemos em sociedade, não dar bola se os outros vão falar mal que eu abri a pista de dança na festa da empresa, ou que eu sou uma chata que não bebe álcool, com certeza vai facilitar a minha vida;

- Ser emocionalmente independente: A Vivian amava o Edward. Amava-o, mesmo com medo de amá-lo. E, apesar de triste em deixá-lo, foi viver sua vida quando percebeu que seria tratada como um passatempo. E, acabou que acabaram juntos.

Subjetivamente, existem ainda muito mais aspectos em que posso me inspirar para ser a tal linda mulher que quero ser. Mas como já coloquei em posts antigos, estou buscando um pouco de objetividade, um pouco mais de aspectos mensuráveis. Neste blog, ao menos. Então, em aspectos práticos, o que é ser uma linda mulher?

É ser magra, e não adianta tentar me convencer do contrário, eu me sinto feliz sendo magra;
É ter uma barriga chapada, com as mesmas observações anteriores;
É saber fazer as minhas próprias unhas;
É saber fazer minha própria sobrancelha;
É não deixar louça na pia;
É ter a cama sempre arrumada;
É trabalhar com o que gosta;
É estudar;
É ter cabelo bem cuidado;
É me exercitar;
É ter uma pele bonita;
É amar meu namorado/noivo/marido e não ser dependente emocionalmente nem financeiramente dele;
É ter minha casa iluminada, arrumada e cheirosa;
É dirigir meu carro;
É ser amada e, principalmente, me amar!

Beijinhos!

2 comentários:

Flá disse...

Vamos juntas caminhar para sermos ainda mais lindas mulheres mas acho que vc esqueceu duas características que considero fundamentais:
Ser uma linda mulher é ser confiante o suficiente para enxergar a beleza dos outros sem se sentir ameaçada.
ser uma linda é não se preocupar com a perfeição idealizada pelos outros, mas enxergar a perfeição formada por um conjunto harmonioso de imperfeições.

Petuio disse...

Flá, adorei o comentário! Tens toda a razão!
Ser confiante para enxergar a beleza do outro sem se sentir ameaçada é fundamental para trabalhar um aspecto que pode acabar com uma linda mulher: o ciúmes! E a taurininha aqui sabe bem como isso é preocupante!
E a perfeição do conjunto de imperfeições com certeza é a mais linda das perfeições, pois é humana!

Muito obrigada!

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